quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A pessoa com deficiência na minha história de vida

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Fonte: cantinhovirtualdarita.blogspot.com.br
Nada melhor que iniciar minhas postagens resgatando um pouco da minha história, das minhas lembranças e memórias...
Nasci em Presidente Prudente, cidade do interior de São Paulo. Ainda na pré-escola, estudei em um colégio localizado em frente a uma unidade da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Apesar dessa proximidade, nunca estudei com nenhuma delas, somente as via saindo ou entrando do local. 
Lembro-me que certa vez perguntei para minha mãe quem eram elas e ela explicou que eram crianças que precisavam de mais cuidados e por isso estudavam em outro local. Ela ainda contou que eu também tinha feito um exame quando criança (exame do pezinho) que detectou que eu não tinha a necessidade de utilizar aqueles serviços, mas que elas eram crianças especiais e que eu deveria respeitá-las e cumprimentar quando as visse. Aquilo tudo me pareceu confuso, mas interpretei do meu jeito de criança.
Mudei várias vezes de escola, mas nunca tive a oportunidade de estudar em sala de aula regular com pessoas com deficiência. Quando eu tinha 10 anos, conheci uma garota com deficiência auditiva em uma escola de inglês. Ela utilizava um aparelho auditivo e tinha muita dificuldade na fala. Por ela gesticular bastante e fazer leitura de lábios, ao longo de 3 anos de convivência, tornei-me uma pessoa mais expressiva (caras, bocas e mãos) e comecei a falar pausadamente, mesmo fora do contexto da sala de aula. Essa experiência me tornou alguém melhor, mais atenta às diferenças, mais tolerante com as situações e me mostrou que com cuidado, atenção e adaptação uma pessoa com deficiência poderia fazer as mesmas coisas que eu.
Aos 15 anos, minha família mudou para São Paulo, para a "Capital". Foi nesse momento que comecei a ver mais pessoas com deficiência e tratar o assunto com mais naturalidade. Durante o tempo que trabalhei com auxiliar no Kumon (Método Japonês de Ensino), tive a oportunidade de auxiliar um aluno com Síndrome de Down. Essa experiência me ensinou ainda mais e recordo com carinho esse momento.
Nas demais empresas que trabalhei, sempre estive ligada a atividades relacionadas à área da Diversidade, sendo mais significativa minha participação como representante do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE). Essa vivência despertou em mim a vontade de conhecer mais essa área, para de fato poder desenvolver um bom trabalho no Câmpus Capivari. Para tanto, em 2015 dei início a minha especialização em Educação Especial. De lá pra cá, todas as oportunidades que tenho de aprimorar meus conhecimentos sobre esse assunto, agarro e vou em frente.
Espero poder contribuir ativamente com que já sei e aprender muito mais com o que tem por vir.

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